sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Breaking Bad



Gente, que série boa! Não é novidade, eu sei, terminou ano passado com 5 temporadas, premiada, terminei em 2013 mesmo. Por que falar agora então? Porque o que é bom a gente valoriza e divulga, simples assim.

Walter White é um professor de química de ensino médio comum, faz bicos também num lava a jato para ajudar na renda familiar, pois assim como no Brasil, professor não ganha o que merece. Repentinamente recebe um diagnóstico de câncer de pulmão, avançado, provavelmente inoperável, ou seja, sentença de morte. O desespero toma conta de seu ser e ele pensa numa solução rápida para não deixar sua família em maus lençóis financeiros : fabricar e vender metanfetamina. Por que não, né verdade? Mr. White só pensou na parte rápida, não na prática. 

Sem contar com "detalhe" de seu cunhado ( Hank Schrader) ser policial e trabalhar para os narcóticos. Hank inventa de levar Walter para um "passeio" enquanto faz uma apreensão de drogas. Nesse momento Jesse Pinkman aparece pela primeira vez . É um jovem traficante de drogas que acaba fugindo da ação policial.

Mais tarde, Walter reconhece Pinkman como um ex-aluno e corre atrás do endereço do garoto por conta de sua nova idéia de "empreendimento". Então eles conversam e, inicialmente, Jesse não aceita a proposta, mas Mr. white ameaça contar sobre sua ocupação para seu cunhado. Pinkman fica sem escolha e acaba ajudando o velho. Então eles compram um trailer e vão produzir a droga em algum lugar deserto ( literalmente). Daí em diante, inicia-se sua atrapalhada e turbulenta parceria. Acabam se tornando amigos, mestre e aprendiz.

Outros personagens são relevantes na história, como a Skyler White, uma mulher inteligente e sagaz que algumas vezes acaba, ironicamente, atrapalhando os planos de seu marido.

Imaginem: foram cinco temporadas de uns 13 episódios cada. Aconteceu tudo, muitas vezes o seriado se torna imprevisível, surpreendendo os telespectadores. Eu ri, chorei, fiquei tensa, deixei de dormir direito, passando a madrugada toda vendo porque não aguentei de ansiedade...

Todos os atores são fantásticos, personagens extremamente interessantes e todos têm certa importância para o desenrolamento da história.

Poucos seriados prendem tanto a atenção, afinal estamos torcendo para uma pessoa normal, como todos nós que de repente está fazendo algo errado com um bom motivo. Será? Fica aí o questionamento para vocês.



                                             Para quem já assistiu (spoiler):

No primeiro episódio, mostra como era o dia a dia de Walter White. O quanto ele se esforçava para tornar química uma matéria interessante para adolescentes desinteressados ( acho que é a luta de todos os professores atualmente, nada é novidade para os jovens. Não que eu seja muito velha, mas minha personalidade com certeza é). Quando ele trabalhava no lava a jato é perceptível o quanto Walter se sentia humilhado com seu chefe gritando tratando-o mal.

No momento do diagnóstico ele surta (quem faria diferente?), o câncer caiu como uma rasteira divina pela vida de trabalho, como empecilho no seu esforço de manter uma família com o pouco de dignidade que lhe restava. Claro que a decisão de produzir drogas foi desesperada, mas foi o que deu para pensar já que tinha pouco tempo de vida.

O desenvolvimento dos personagens é interessantíssimo, marcante, se pegar um episódio das primeiras temporadas e comparar com as últimas, eles são quase irreconhecíveis: 

  
Walter White
Walter deixa de ser um nada para simplesmente virar o maior e melhor fornecedor de metanfetamina dos EUA. Ele sente isso,o poder, sente seu potencial e abusa dele muitas vezes. Ganha o respeito de pessoas perigosas e influentes como Heinsenbegr. Deixa de pensar nos outros e concentra em si mesmo. Ele poderia parar de "cozinhar" há muito tempo, mas a ganância e o orgulho viraram seus companheiros até o final da série. White passa a usar as pessoas para realizar seus objetivos, como o próprio Jesse. Como ele disse ao final da série : não era só o dinheiro, ele precisava se sentir vivo, importante. Só que exagerou só um pouquinho né?Foi longe demais... 

Jesse Pinkman
Com Jesse Pinkman ocorre ao contrário, enquanto Mr. White se deixava seduzir com o poder e todas as coisas negativas que podem vir disso, Pinkman deixa de pensar em si e começa a pensar também na felicidade alheia, se torna mais humano, mais sensível. Aprende o que é amizade, fidelidade e respeito.Lógico que ele também cede ao poder em algum momento, mas chega uma hora em que tudo perde o sentido, as pessoas vem e vão em sua vida e ele precisa de estabilidade, de alguém para cuidar e que cuide dele também. O dinheiro perde o valor se você está sempre sozinho. Jesse tem umas crises, faz umas besteiras que dá nervoso, mas acho até compreensível visto sua idade e problemas afetivos, etc.

Skyler White
Skyler White, nossa.... que mulher inteligente! eu não tenho os nervos de aço dela, gostaria de ter. No fundo no fundo, apesar de ter se decepcionado com o marido, nunca deixou de amá-lo. Foi uma mulher muito forte a maior parte do tempo. Só acho que ela deu muito mole depois da morte de Gus, quando ela finalmente poderia ficar "tranquila".Teve uns piripaques que complicaram a vida secreta deles.



Hank Schrader
Hank Schrader, no início achei que ele era um merdão.... só metido porque tinha uma função importante na polícia. Ao longo da série mostra como ele é um cara observador, perceptivo e inteligente, um excelente personagem, essencial para série. por mais que sua mulher fosse maluquinha ele a amava, o que o torna uma pessoa paciente e sensível.

Marie Schrader
Marie Schrader, muito diferente de Skyler, inicialmente é uma mulher problemática, fofoqueira e perturbada, mas é uma boa pessoa. Participa de boa parte das cenas de comédia com sua sinceridade extrema, importante para o seriado por ser insistente em suas idéias (evoluindo até o final da série). Muitas vezes ajuda inconscientemente Skyler a superar seus problemas.
Gus Fring
Gus Fring, o chefão do tráfico. É um exemplo perfeito de " as aparências enganam "...Tem a maior cara de bonzinho, faz pose de controlado (isso ele mantém até o seu fim, quando ajeita sua gravata), mas é uma grande dor de cabeça para Walter. Faz parte do trabalho ser sangue frio, mas o cara era gélido. A meticulosidade desse cara dá até arrepios. Quem diria que um dono de fast food que vende frango frito ("los pollos hermanos") seria um homem tão perigoso...

Saul Goodman
Saul Goodman, todos acham que é um advogado de quinta, eu acho ele muito bom, sempre livra todo mundo dos problemas. Junto com Marie colabora pro alívio cômico com seu jeito charlatão. ouvi falar que ficou tão querido entre os fãs que vai ganhar uma série própria : " Better call Saul ", que é o bordão dele na série.
Gente, se eu não parar por aqui não paro mais, tem mais personagens que amei (como o Tio, Mike,etc), Mas vou ficando por aqui mesmo, aproveitem o seriado e se puderem deixem seus comentários aqui!

Mike
Tio



A menina que roubava livros - Markus Zusak


Li esse livro há um tempo, por acaso minha prima estava lendo e tive curiosidade. Quando tive a oportunidade comprei um exemplar pra mim e não me arrependi.


                                                 Amizade em tempos de guerra...


A história é contada pela morte, que se interessava por uma menina que desejava ardentemente aprender a ler, porém era analfabeta.


O cenário é a Alemanha na época do nazismo. Liesel viaja para lá com sua mãe e irmão mas, infelizmente, este falece no meio do trajeto,(é o momento em que ela rouba seu primeiro livro : o manual do coveiro; durante o enterro). Essa viagem era na verdade um caminho sem volta, pois para proteger a filha, sua mãe garantiu que ela fosse "adotada" por um casal pobre de alemães para que tivesse alguma chance de sobrevivência. Claro que a menina não gostou, sofreu sem entender o feito, talvez somente alguns anos depois viesse a compreender.

É interessante como seus novos pais tinham personalidades opostas, o pai ( Hans Hubermann) era visivelmente doce, carinhoso, correto. Amou a menina como filha logo de cara. Enquanto a mãe (Rosa Hubermann), aparentemente, era durona, grosseira, inflexível. Ao longo da trama, percebe-se que ela na verdade é uma pessoa doce que se esconde através de sua máscara severa, é perceptível a existência de amor pela criança. Rosa apenas precisa manter a pose para si mesma. 

Hans quebra o silêncio triste da menina com sua música de acordeon e ensinando a menina a ler quando vê que ela tenta, arduamente, entender o que vem escrito nele. Para Liesel ( e para mim) esse foi um dos maiores atos de amor que ela recebeu em sua nova vida. Ela estabelece uma amizade muito forte com Hans. Ao mesmo tempo ela conhece um menino chamado Rudy. Acabam se tornando amigos e dá pra ver que o garoto sente um pouco mais que amizade por ela, mas Liesel ignora.

A vida de Liesel se resume a ir a escola, brincar na rua, realizar tarefas para ajudar na renda a família, ler e reler livros quando chega em casa. Até o momento em que Hans recebe um judeu (Max), filho de um grande amigo, em sua casa buscando abrigo dos nazistas e a família toma a decisão de cuidar,esconder e proteger o rapaz. Como a menina passa muito tempo no porão aprendendo palavras novas acaba fazendo amizade com o novo hóspede.

Obviamente a história não acaba aí, mas se eu falar mais, conto o livro todo. Não queremos isso, certo? leiam, vale a pena!O livro é de fácil leitura. Enquanto lia parecia que via um filme na minha mente (leitura cinematográfica). A história é interessante, porém bastante triste, não mentirei...


A amizade é o tema principal do livro, é descrita de modo muito comovente. De alguma forma ,isso traz esperança de mesmo em momentos difíceis, existir certo conforto em palavras ou no abraço de um amigo.


Pra quem já leu ( spoiler, siga para "sobre o filme") :

Liesel poderia ser muito mais infeliz do que foi, teve quase tudo: um lar onde era aceita, amigos poucos, mas que a amavam profundamente. Claro, nunca substituiriam a família, porém ainda é uma luz no fim do túnel sabe?Até a mulher do prefeito fornecia felicidade para ela, deixando que entrasse em sua biblioteca e lesse à vontade (eu ficaria muito feliz).

O fato da morte sempre dizer quem vai ou não morrer, como e quando pode se meio estraga prazeres, mas acho que o autor quis mostrar que a morte possui poder, independente da vontade dos homens. Fato que em umas das primeiras cenas do filme,acho que rolou uma crítica. Tem uma fala da morte, mais ou menos assim: " eu sei quem vai morrer e quem vai sobreviver, mas eu não gostaria de dar spoiler e estragar a surpresa".

Liesel quase sempre rouba um livro em algum momento marcante de sua vida, por exemplo : na morte de seu irmão, no discurso com a queima de livros, até quando ela é proibida de entrar na casa do prefeito. Isso é simbólico e está mais marcado no filme.

Uma pena ela não ter retribuído o amor de Rudy, era um doce de menino, inocente, fazia tudo por ela, nem preconceito ele tinha. Acho que o autor queria deixar os leitores impotentes quando apresentou o destino do garoto.

No livro fica subentendido que Liesel vê Max como seu irmão falecido,que mais uma vez, ela não conseguiu proteger para sempre. Talvez pela sua vulnerabilidade. No filme isso está gritante.



Sobre o filme:


Fiquei muito feliz quando fiquei sabendo da adaptação cinematográfica. Fui ver logo quando estreou. Sim eu sei, demorei para postar isso né? desculpem... não tive tempo. 

Eu amei o filme, achei relativamente fiel. Sempre há mudanças, mas o foco e os sentimentos lendo o livro permaneceram intactos. Uma situação ou outra foi modificada, na intenção de enxugar o roteiro.

O filme toma forma fluída, poética, triste, assim como no livro. O final foi levemente alterado porque seria meio forte para as telas, acredito eu.

Um comentário que não chega a ser negativo, mas acho relevante: a atriz que faz Liesel é linda, nada contra, mas a menina era tão bem cuidadinha que eu quase achei que ela era rica. No livro eles são tão pobres e mal alimentados que eu imaginava uma menina mais magricela, pálida, triste, melancólica. Pensei que sua mãe seria mais feiosa e gorducha também. De resto está ok.

Quem não viu o filme veja, vale a pena apesar de ser longo. Se possível, leiam também o livro.É lindo, mas deixe uma caixa de lenços na mesa de cabeceira, Só por precaução. ;)

Abraço apertado para todos!





domingo, 2 de fevereiro de 2014

O melhor das comédias da vida privada - Luis Fernando Veríssimo


Encontrei, por acaso, na estante da minha avó e peguei pra ler. Esta é uma edição mais recente que contém 35 crônicas a mais.

O livro trata de pequenas crônicas, sobre diversos assuntos, como: família, namoro, amigos dentre outras coisas da vida cotidiana.  Por que é interessante? Porque o autor consegue inventar um história totalmente nova a cada uma ou duas páginas, te leva à várias realidades diferentes, nunca fica cansativo e ainda te faz refletir sobre um monte de coisas como o caráter, ou falta dele, em alguns personagens das narrativas. Procura, com bastante humor, mostrar que a vida nem sempre é justa ou previsível. 

Algumas crônicas também estimulam ao pensamentos crítico, como as contidas no capítulo metafísica. 
As crônicas que não gostei tanto, foram as sobre bar, conversas de boteco e afins. Deve ser porque não curto encher a cara, então não devo entender 100% as piadas. 

No geral a leitura é rápida e divertida. Vale a pena ler, pode te arrancar umas boas risadas




quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Introdução a psicologia de C.G.Jung - Wolfgang Roth



Meu interesse por psicologia vem de longa data. Vira e mexe, estou pesquisando e lendo sobre o assunto, pois tem a ver comigo e também com minha área de trabalho. Aprecio muito, afinal, conhecimento nunca é demais.

Este livro me foi concedido pela Editora Vozes, o que me deixou felicíssima e agradecida pela credibilidade que depositou em mim, visto que o blog é bem jovem e estou apenas começando.




Esse é apenas o primeiro de 18 volumes que compõe a obra completa de Carl Gustav Jung, publicado pela Vozes.



Então vamos à resenha:

Demorei um pouco para ler, pois apesar de ser pequeno não é do tipo de livro para se ler no ônibus, exige concentração, pois é um estudo e exige certa reflexão e análise. Pode ser lido tanto por leigos interessados como eu (ou que tenha alguma noção do assunto), quanto por profissionais da área. 

Ao longo da leitura o autor esclarece conceitos de palavras que não necessariamente possuem o significado literal dentro da psicologia.

O livro fornece as informações misturando um pouco da biografia de Carl Jung , alguns trechos de suas obras e é claro que não podia deixar de mencionar suas desavenças com seu amigo e mestre Sigmund Freud, deixando bem claro os diferentes pontos de vista de cada um sobre vários assuntos, como o inconsciente. Freud acreditava que este era o local onde as memórias ruins ou comportamentos negativos provindos de impulsos sexuais eram reprimidos enquanto Jung achava que havia algo mais.Para este ,o inconsciente não era apenas um local para coisas negativas, nem de origem sexual. Habilidades positivas como a arte poderiam ser reprimidas se no ambiente e a sociedade em que a pessoa vive, elas não fossem apreciadas.

Vários assuntos são abordados neste livro, sendo os mais interessantes para mim: o inconsciente, diferenciação do eu e interpretação de símbolos e sonhos.

Uma única crítica que tenho a fazer: a palavra "arquétipo" e suas variações estão presentes em quase todos os parágrafos, o autor poderia substituí-la algumas vezes por outras de mesmo sentido para que a leitura não ficasse repetitiva.

Foi uma boa base para meus estudos, acrescentou bastante conhecimento acerca das teorias de Jung. Com certeza ajudou a preencher algumas lacunas que apareceram quando estudei sobre Freud. Assim como Jung, não acho que a sexualidade responde a tudo, já que em algumas situações isso nada tem a ver com o problema. Gostei de saber que alguém pensa mais abertamente como eu. 

Concluo que conciliar os dois pensamentos, conforme a situação é o ideal, pois nenhum dos dois é perfeito, nem dono da verdade. Todos os dias se descobre mais sobre a mente e o comportamento humano e este é o papel dos novos pesquisadores, aperfeiçoar e modificar quando necessário o antigo para chegar o mais próximo da realidade.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ninfomaníaca - volume 1


Quando ouvi falar do filme, admito que tive preconceito e ao mesmo tempo certa curiosidade...vi o trailer e pensei que não se tratava apenas de um filme com cenas de sexo explícito como todos me disseram, então resolvi assistir e tirar minhas próprias conclusões.

Joe (sim é uma mulher com nome de homem, sugestivo?depois comento) é encontrada desmaiada, machucada e jogada num beco, por um senhor gentil que lhe oferece ajuda, cuidados e abrigo. Ela aceita. Quando alimentada e bem instalada na casa dele, o senhor pede uma explicação e Joe diz que precisa contar a história inteira pra que ele entenda como ela chegou naquele lugar, então ele ouve pacientemente tudo o que ela tem a dizer. Ela conta a sua vida toda, o que consiste em sua vida sexual principalmente e dá a entender que sofre de ninfomania ( é um transtorno de desejo sexual hiperativo, em mulheres). O que ela usa como justificativa para se julgar uma pessoa ruim. Mas o bom velhinho (não é o papai noel), não consegue acreditar que ela seja má como diz e durante a história lhe faz uns questionamentos como se fosse um terapeuta.

Sempre ela usa algum componente do quarto ou de alguma metáfora do ancião para contar um pedaço de sua história.

O filme é dividido em capítulos e nessa primeira parte que deve durar umas duas horas vai até o capítulo 5. 

Tenho que dizer que o filme me surpreendeu, superou minhas expectativas se revelando um filme cabeça ao invés de pornografia pura. Sim, há algumas cenas de sexo, faz parte da história, mas não foi isso que me chamou atenção.
Recomendo o filme para quem gosta de filme cabeça, tem sensibilidade e gostaria de aprender mais sobre o comportamento humano


.

Questionamentos ( CONTÉM SPOILER):

 Esse senhor que acolheu Joe, faz umas reflexões muito inteligentes à cerca do comportamento humano, o que me faz pensar que das duas uma : ou ele é muito observador ou é psicólogo. Ele acaba ajudando a entender mais ou menos as atitudes da garota. Outra coisa interessante, ele nunca julga ela e tenta fazê-la acreditar que não é tão má assim

Teria sido "Joe" o nome masculino escolhido para a personagem para criticar o fato de que se ela fosse um homem, seu comportamento e desejo sexual não seriam inadequados ou classificados como transtorno? Por que ainda hoje o mundo é machista?

Achei linda a forma como o pai dela fala das árvores, que todas eram lindas no verão, na primavera, com copas verdes e floridas mas no inverno se tornavam todas iguais, só os troncos e esses troncos eram as verdadeiras árvores, sua almas. O que me fez pensar se na verdade ele não falava de pessoas, as pessoas vestem máscaras e fantasias para o mundo o tempo todo, mas em momento mais vulneráveis, de sofrimento, como no inverno para árvores, elas ficam "nuas" e é possível enxergar a alma da pessoas, como elas realmente são.

Não sei se fui a única pessoa que pensou que poderia haver uma relação incestuosa entre ela e o pai?talvez parte disso tenha ajudado o transtorno a se estabelecer?Ela queria um homem que ela nunca poderia ter de verdade, inalcançável?

Não sei se não prestei atenção, mas qual era a especialidade médica do pai dela mesmo?Penso que ele soube desde cedo o problema da filha, pois ele viu ela lendo sobre o sistema reprodutor feminino em seus livros de anatomia.
Nunca disseram o que era a doença do pai de Joe.

O fato dela ter sentido excitação quando o pai morreu, não poderia ser uma reação descontrolada do corpo em resposta à uma emoção muito forte ou estresse da perda de um ente querido?

Aquela amiga dela provavelmente colaborou e muito para que ela se tornasse o que é. Fato.

Ao mesmo tempo que o sexo é um ato de proximidade, intimidade extrema, Joe nunca conseguiu amar ninguém de verdade... talvez Jerôme, de alguma forma?



Saberemos na continuação que estreia em: 21/03/2014?

fonte da data:

Gravidade



É... sabe como é... o trailer não mentiu, era só aquilo mesmo e não achei muita graça...talvez eu não seja mesmo muito fã desse tipo de filme. Pra mim filmes bons, não dependem somente de efeitos especiais grandiosos, a história tem que ser boa, envolvente. Não foi o que eu senti quando vi (eu senti sono).

Não tem muito o que dizer sobre a história... uma equipe de astronautas têm a missão de consertar um satélite, mas ocorre um imprevisto e eles são atingidos por uma chuva de destroços e a Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock) acidentalmente acaba se soltando do satélite e fica à ermo no espaço tentando ser resgatada  por Matt kowalski (George Clooney)  que não cala a boca o filme todo. O acidente acabou destruindo a nave base eles ficam a mercê do destino. Enfim eles tentam sobreviver chegando à uma base espacial estrangeira.

Bom, o filme se resume à isso: ela tentando sobreviver com a pouca experiência de treinamento que tem, em meio ao desespero de estar sem contato com a Terra, sozinha e quase sem recursos...achei chato, quase dormi no filme. Efeitos especiais ótimos, mas só isso, mais nada, por isso não considero um bom filme. Não achei grandes coisas .

Fiquei pensando o tempo todo : por que não deram um jetpack para cada astronauta naquela missão? Não existe um tanque de oxigênio reserva naquela roupa gigante? Que pesquisa que Dra. Ryan estava fazendo? Será que deram um nome masculino pra ela não só porque o pai dela queria um filho homem, e sim para combinar com a personagem "durona", independente? 

Preciso comentar que Sandra Bullock está com tudo em cima, afinal ela não tem mais vinte aninhos, mas continua linda.


Não gostei, não recomendo, principalmente pra quem não gosta de ficção



Atenção! Possível spoiler:

Pra quem já viu: fui só eu que achei que ela estava em posição fetal nessa cena? Fique pensando se isso representava uma espécie de busca por segurança, como uma criança se sente segura dentro do útero da mãe... ou uma espécie de renascimento pelo fato dela ter conseguido alcançar a nave de escape?Tudo bem... eu e meus devaneios... esqueçam...









12 anos de escravidão


Meu deus, que filmaço! Adoro filme histórico e nesse caso é baseado numa história real.

Bem resumidinho: O filme se passa nos EUA em 1841, um negro livre chamado Solomon Northup, tinha uma vida normal com sua família, trabalhava como violinista. Um dia recebe uma proposta de dois homens para tocar  num circo ele aceita, mas era uma emboscada, ele acaba sendo sequestrado para ser vendido como escravo e fica trabalhando para uma fazenda de algodão, sofrendo muito abuso e maus tratos. Somente 12 anos depois ele é resgatado e retorna para sua família.

Há muitas coisas para comentar sobre este filme. Solomon parecia um homem honesto e foi muito inocente quando aceitou aquela proposta suspeita. Durante boa parte do filme é possível notar seu orgulho quando,inicialmente, nega seu nome de escravo e a história inventada sobre seu passado para que pudesse ser vendido,sofrendo as duras consequências, mas sente-se que ele nunca perde a dignidade.

Solomon também se mostra um homem instruído, inteligente, de bom coração. Sensível ao sofrimento alheio na medida do possível.

As cenas de castigo, punições não poupam a violência. Afinal a intenção era mostrar mesmo a dor, humilhação e agonia sofrida por aquelas pessoas. Em muitos momentos o expectador se sente impotente perante o sofrimento exibido.

Sabe-se que naquela época, havia a crença de que os escravos eram objetos, não tinham alma, mas também existiam pessoas que pensavam diferente que e tentavam fazer algo a respeito,abolicionistas. Esses dois tipos de pensamentos são exibidos no filme.

Preciso comentar que o ator inglês Chiwetel Ejiofor, mergulhou profundamente no personagem, na história, com expressões bem marcadas quando necessário, dando bastante seriedade ao filme. Na verdade todo o elenco mandou muito bem e o filme ficou excelente!

Fique sabendo que o livro que originou o filme será lançado no Brasil, será pela Cia das Letras mesmo? Bom, de qualquer maneira é claro que eu quero ler, então só resta esperar.

Enquanto isso curtam o filme, vale a pena, nem que seja para aprender um pouco mais sobre história.

Fontes de informações: